Trata-se de um romance histórico, baseado em fatos reais ocorridos no Sudoeste da Bahia, com uma pitada de ficção permeando alguns episódios, num relato lúdico, mítico, real, resultado da farta documentação encontrada nos cartórios, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e com representações dos fatos verídicos imbricados com o imaginário popular e da criatividade do autor. Tudo isso registrado pela imprensa da época, com fac-símile das publicações dos Jornais A Tarde, Diário de Notícias, e jornal O Estado da Bahia, especialmente no ano de 1916.

 

Numa época em que os interesses de grupos eram resolvidos com a participação de bandoleiros e jagunços, duas grandes facções se destacaram na região, dando apoio as correntes políticas que se alternavam no poder do Estado. Os Mocós e os Rabudos exerceram influência nefasta em toda a região do Sudoeste baiano, cada uma recebendo respaldo de coronéis poderosos da Chapada Diamantina, grande polo de riquezas auríferas da época, como os coronéis Horácio de Matos e Marcionílio Sousa, que davam cobertura às arbitrariedades do bando de Zezinho dos Laços que disseminava o terror em toda região em sua permanente guerra contra os Mocós, adversários políticos então no poder, sob a liderança de José Antônio Miranda.

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